“É difícil imaginar que algo de novo sobre o pensamento de Hannah Arendt seja produzido nos dias de hoje. A produção intelectual sobre seu pensamento foi intensa nas últimas décadas. Mas esta obra revela novos territórios e empresta um novo olhar à teoria do político de Arendt. Trata-se de um grande livro, um item obrigatório em qualquer lista de leitura.”

HAUKE BRUNKHORST, Universidade de Flensburg

A Editora Contracorrente, em parceria com a EDUERJ, tem a honra de anunciar a publicação do livro A ordem da liberdade: direito e política no pensamento de Hannah Arendt, do professor Christian Volk.

Hannah Arendt é celebrada por sua concepção incomum de Política, mas, como mostra este rico e seminal estudo, a Teoria Política de Arendt contém também uma compreensão própria do Direito. O autor mapeia o surgimento de uma abordagem arendtiana que toma o Direito e a Política como complementares, a partir de suas análises sobre a crise do Estado-nação europeu. Volk também demonstra o poder do pensamento da autora ao colocá-lo em diálogo com um espectro extraordinariamente amplo de teóricos contemporâneos.

Nas palavras de Seyla Benhabib, da Universidade de Yale, “Christian Volk é um dos mais originais e penetrantes intérpretes de Hannah Arendt de sua geração. Este livro aborda alguns dos aspectos mais incompreendidos do pensamento arendtiano – a saber, suas concepções acerca do Direito e do constitucionalismo. Volk acerta contas com muitos equívocos interpretativos e nos guia para uma nova visão das posições de Arendt sobre essas questões, e além”.

Sobre o autor

Christian Volk é professor de Teoria Política do Instituto de Ciências Sociais da Universidade Humboldt, em Berlim. De 2016 a 2020 foi chefe da área de pesquisa de “Política e Direito” do Instituto Otto Suhr de Ciência Política da Universidade Livre de Berlim. Lidera o grupo de pesquisa intitulado “Protesto e ordem: teoria democrática, conflito político e a transformação das democracias ocidentais”, financiado pelo Conselho Europeu de Pesquisa. O autor foi professor e pesquisador visitante do European Inter-University Centre (Veneza), da Escola de Direito Radzyner (Israel), da Universidade do Colorado em Boulder (EUA), da Universidade Goethe em Frankfurt (Alemanha), da Universidade de Yale (EUA) e da New School for Social Research (EUA).

Sumário

Sumário
Lista de abreviações
Nota do tradutor e da revisora
Prefácio
Introdução
1 – Paradoxos do Estado-nação
I – Introdução
II – O paradoxo do direito à autodeterminação
III – O paradoxo da desassimilação e da desnaturalização
IV – O paradoxo da ausência de direitos
V– O paradoxo dos direitos humanos
2 – O conceito de nação no pensamento de Arendt
I – Introdução
II – Arendt e a questão social – um reajuste teórico-político
A – Revolução e discurso
B – Soberania e miséria
C – Miséria e consenso
III – O conceito de nação e a volonté générale
A – Arendt, Rousseau e a Revolução Francesa
B – Vontade geral e alienação
C – A internalização do político
3 – Direito e o Estado moderno – Hannah Arendt na
trilha de Max Weber
I – Introdução
A – Em que linhagem da tradição pensar o Estado?
Nem Hegel, nem Elias
B – Uma defesa inicial de Max Weber
II – Sobre a origem do Estado moderno
A – Estado e Estado moderno em Weber
B – Arendt e a genealogia do Estado moderno

III – Sobre a racionalidade do direito
A – O que é o direito racional? Um olhar sobre a sociologia do direito
weberiana
B –– Arendt e o direito racional
4 – A crítica de Hannah Arendt à soberania popular
I – Introdução
II – Soberania popular e direito
A – A arquitetura teórico-política do livro de Arendt sobre
o totalitarismo
B – Arendt e as fontes da juridicização
C – Nação e direito
III – Soberania popular e política
A – Política na sociedade de massas
B – Desconfiança e autoridade
C –– Movimento de massas e poder
5 – A ordem da liberdade: sobre a desierarquização da relação entre
direito e política
I – Introdução
II – A compreensão arendtiana do político
A – Arendt e a normatividade do político
B – Do juízo às regras procedimentais do político
III – A teoria arendtiana do direito
A – O conceito de direito: relação versus substância
B – O que é direito legítimo
C – O exigente conceito arendtiano de viabilização política
Conclusão
Referências
Sobre o autor