A Editora Contracorrente tem a satisfação de oferecer ao público brasileiro a tradução de “Aporofobia, a aversão ao pobre: um desafio para a democracia”, de autoria de Adela Cortina, uma das mais destacadas filósofas da atualidade.
“Aporofobia”, o neologismo que dá nome ao medo, rejeição ou aversão aos pobres, foi escolhido como a palavra do ano 2017 pela Fundación del Español Urgente (Fundéu) e incorporado ao Diccionario de la lengua española no mesmo ano.
Segunda a autora, aqueles que produzem verdadeira fobia são os pobres. Os estrangeiros com dinheiro não produzem rejeição. Ao contrário, espera-se que tragam recursos e são recebidos com entusiasmo. Aqueles que inspiram desprezo são os pobres, aqueles que parecem não poder oferecer nada de bom, sejam eles migrantes ou refugiados políticos. E, no entanto, não havia nome para essa realidade social inegável. Diante de tal situação, Adela Cortina procurou no léxico grego a palavra “aporos”, que significa pobre, e cunhou o termo “aporofobia”. Além de definir e contextualizar o termo, ela explica a predisposição que todos nós temos para esta fobia e propõe formas de superá-la através da educação, da eliminação das desigualdades econômicas, da promoção de uma democracia que leva a igualdade a sério e da promoção de uma hospitalidade cosmopolita.
Com prefácio de Jessé Souza, o livro é de leitura obrigatória não somente para conhecer o termo “aporofobia”, mas também para compreender melhor esse fenômeno que marca a sociedade brasileira.
Detalhes do produto:
ISBN | 9786588470084 |
Título |
Aporofobia, a aversão ao pobre: um desafio para a democracia |
Editora | Contracorrente |
Ano da Edição | 2020 |
Nº Edição | 1ª edição |
Páginas | 200 |
Encadernação | Brochura |
Autor | Adela Cortina |
Tradutor | Daniel Fabre |
Sumário
Introdução
- Uma chaga sem nome
- Da xenofobia à aporofobia
- História de um termo
- Os crimes de ódio ao pobre
- A chave para o ódio: o que despreza ou o desprezado?
- Crimes de ódio, discurso de ódio: duas patologias sociais
- A fábula do lobo e do cordeiro
- Estado e sociedade civil, uma cooperação necessária
- O pobre é, em cada caso, o que não é rentável
- O discurso de ódio
- Um debate inevitável
- Liberdade de expressão ou direito a autoestima?
- A construção de uma democracia radical
- Miséria do discurso de ódio
- A liberdade é construída a partir do respeito ativo
- Nosso cérebro é aporófobo
- Temos um sonho
- Um abismo entre declarações e realizações
- Três versões do mal radical
- As neurociências entram em ação
- O mito do cocheiro
- Somos biologicamente xenófobos
- Breve história do cérebro xenófobo
- Aporofobia: os excluídos
- Consciência e reputação
- A necessidade de educar a consciência
- O anel de Giges
- A origem biológica da consciência moral
- O sentimento de vergonha e a agressão moralista
- O jardim do Éden natural
- O que diz a voz da consciência?
- A força da reputação
- Educar para a autonomia e a compaixão
- Biomelhoramento moral
- O problema da motivação moral
- O novo Frankenstein
- Transhumanistas e bioconservadores
- Biomelhoramento moral sem dano a terceiros
- Um imperativo ético
- É realmente um caminho promissor?
- Erradicar a pobreza, reduzir a desigualdade
- O pobre na sociedade da troca
- É um dever de justiça erradicar a pobreza econômica?
- A pobreza é falta de liberdade
- A pobreza é evitável
- Não apenas proteger a sociedade, mas, sobretudo, empoderar as pessoas
- Esmolas ou justiça?
- O direito a uma vida em liberdade
- Reduzir a desigualdade: propostas para o século XXI
- Hospitalidade cosmopolita
- A crise de asilo e refúgio
- Um sinal de civilização
- Uma virtude da convivência
- A hospitalidade como direito e como dever
- Acolhimento: uma exigência ética incondicionada
- O urgente e o importante
- Hospitalidade cosmopolita: justiça e compaixão
Bibliografia
Adela Cortina – Professora Emérita de Filosofia Moral e Política da Universidade de Valência. Primeira mulher a ingressar como membra plena da Academia Real de Ciências Morais e Políticas da Espanha, é doutora honoris causa por diversas universidades europeias e latino-americanas. Foi membra do júri dos Prêmios Príncipe de Astúrias de Comunicação, Humanidades e Ciências Sociais.
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